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quinta-feira, junho 29, 2006
United 93



Eis que surge a grande surpresa do ano.

Depois do insípido teaser trailer e de uma operação de marketing, quanto a mim, desadequada, tinha perdido todo o interesse por este filme. Mas, depois da sua estreia nos EUA, a crítica aplaudiu entusiasticamente este que será sempre o primeiro filme a relatar os acontecimentos do 11 de Setembro.

As minhas maiores dúvidas em relação a este filme eram: conseguem os americanos fazer um filme sobre os atentados sem cairem em patriotismos? Conseguem. E conseguem ultrapassar o facto de ser uma história real e torná-la num filme com o mínimo de interesse? Conseguem isso e muito mais. É um filme cheio de emoções, que nos deixa no limite quase na totalidade da sua duração. Mesmo já sabendo à partida qual será o desfecho. É toda uma nova prespectiva dos acontecimentos de uma forma quase documental (salientando para o facto de que quase todas as personagens que existem fora do avião serem realmente as pessoas que viveram aqueles momentos naquele dia). Grande parte dos diálogos dentro do avião são também uma reconstrução feita dos registos telefónicos dos passageiros e da caixa negra do avião. Por isso, temos uma obra o mais fiél possível à realidade.

Dificilmente ficamos indiferentes aos olhares interrogadores daqueles que assistem aos aviões colidirem com as torres gémeas. Ou ás últimas palavras dos passageiros para com as famílias, sabendo que nada é mais importante do que dizer "Eu amo-te", naquele momento. Ou mesmo ainda quando toda a gente espera uma acção do Presidente e, pelo menos aqueles que viram Fahrenheit 9/11, sabem aonde ele estava na altura.

É um filme que nos faz reviver aqueles momentos de uma forma muito mais presente (daí perceber as críticas que dizem ser demasiado cedo para este filme), mas, por outro lado, não pretende explorar os sentimentos nossos ou dos passageiros. Consegue tocar sem ser intrusivo, aliás, não chegamos sequer a saber o nome de quase nenhum dos passageiros. Os actores, practicamente todos desconhecidos, conseguem dar um ar real e convincente, sem nunca parecerem amadores. Acompanhamos todos os acontecimentos como se os tivessemos a viver ao lado dos personagens. Não há quaisquer referências ao que se passou depois, a Bin Laden ou á Al Qaeda. É o aqui e o agora, contado em tempo real, como se fossemos apenas mais uma pessoa totalmente alheada do que se estava a passar.

É todo um retrato pintado para parecer real, misturando os factos com as suposições, num filme que consegue ser uma obra séria e objectiva, mas ainda assim, comovente e desconcertante. Nunca explorador, mas sim inspirador.

Outro pormenor que me surpreendeu pela positiva, os terroristas são retratados sem os tradicionais e dispensáveis preconceitos. Mais uma vez, este é um filme que não pretende julgar ou ter sequer uma opinião. Mostra as coisas tal como se passaram. Sem teorias da conspiração ou vilões assustadores.

No final chegamos à conclusão que não é preciso nada disso. A realidade é assustadora o suficiente.

A minha classificação é de 9/10

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posted by not_alone @ 15:27  
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